Robôs na Saúde: O que sabemos até então.
O uso de robôs para substituir mão de obra humana é um fenômeno cada vez mais presente nos mais diversos setores produtivos da sociedade, inclusive na saúde, onde estima-se que, em 2025, os investimentos globais em robótica crescerão cerca de 20%, alcançando o patamar de 24,6 bilhões de dólares. Porém, neste fim de ano, um vídeo viralizado na net, com um carismático robô equipado com IA, convencendo uma legião de outros maiores a segui-lo, pôs em pauta uma pergunta: De que formas se dará a aplicação desses dispositivos e quem será responsável por uma eventual consequência dos seus atos?
Mais cedo ou mais tarde, toda unidade de saúde será sensível aos impactos dessa nova realidade. Pensando nisso, elaboramos um artigo para que você, gestor, possa se familiarizar com o assunto e se preparar para os possíveis cenários.
Na indústria, o uso de ferramentas robóticas na execução de tarefas e processos de trabalho foram primeiro aplicadas com braços mecânicos como uma extensão da capacidade humana. Posteriormente essas tecnologias embrionárias da robótica passaram a ser usadas na automação de tarefas. Os primeiros robôs industriais foram utilizados para funções como soldagem e movimentação de materiais pesados e logo começaram a assumir funções repetitivas em linhas de produção. Tecnologias como braços robóticos articulados, esteiras automatizadas, sensores e softwares de controle, passaram a ser amplamente utilizadas para aumentar a eficiência, precisão e segurança.
Com o tempo, os robôs industriais se tornaram mais sofisticados, incorporando sensores e sistemas de entendimento e reação a circunstâncias externas. Hoje, o grau de automatização alcançado nas mais modernas linhas de montagem e estruturas logísticas praticamente dispensa a necessidade de interação humana, proporcionado capacidades ininterruptas de operação e reduzindo erros e riscos de falhas. A inteligência artificial e capacidades de aprendizado norteiam a evolução dos robôs de uma forma geral numa escala sem precedentes, nos aproximando do conceito de robôs de atuação autônoma, como antes da IA, só se podia imaginar em filmes de ficção.
De forma análoga, os primeiros robôs introduzidos no setor da saúde forneciam assistência cirúrgica por meio de tecnologias de braço robótico. A utilização de ferramentas robóticas na automatização de tarefas repetitivas na saúde teve seus primeiros exemplos nas estruturas de automação laboratorial, onde braços e máquinas de movimento autônomo passaram a substituir tarefas manuais repetitivas, liberando a atenção de técnicos e cientistas para tarefas mais estratégicas como a análise e leitura de dados.
A aplicação de estruturas robóticas como extensão da capacidade humana é uma das formas mais difundidas até hoje. Na área cirúrgica, equipamentos como o Sistema Da Vinci, dão aos médicos a capacidade de tornar menos invasivas e mais precisas, a realização de cirurgias com a ajuda de câmeras e braços robóticos, aumentando a eficácia e reduzindo prazos de recuperação. Robôs de reabilitação como Lokomat possibilitaram ganhos antes inimagináveis no tempo de reabilitação motora de pacientes. A aplicação de micro robôs para “navegar” dentro do corpo humano, levando medicações para pontos específicos e até realizando micro procedimentos são alguns dos próximos passos no futuro da robótica na área cirúrgica.
Além dos exemplos citados, robôs de movimento autônomo são encontrados hoje na saúde em funções de limpeza, recepção e até na triagem de pacientes. Os mais modernos robôs de limpeza e desinfecção hospitalar podem limpar e preparar quartos dos pacientes de forma 100% independente, limitando a exposição a patógenos enquanto ajudam a reduzir as infecções hospitalares.
Nos últimos anos, a evolução dos robôs na saúde, especialmente com a integração da inteligência artificial, tem transformado significativamente a forma como os cuidados são prestados. Essas tecnologias oferecem e suporte a profissionais de saúde e pacientes, promovendo melhores resultados e uma experiência de cuidado mais personalizada.
A robótica na saúde também está sendo utilizada para diagnósticos, entrega de medicamentos e telemedicina. Equipamentos como o Moxi, que tem o objetivo principal de auxiliar equipes de enfermagem, têm a capacidade de interagir de maneira humanoide com pacientes e profissionais da saúde e tem sido utilizado para transportar suprimentos, medicamentos e até lanches pelos corredores de hospitais em seus compartimentos.
O que esperar do futuro
Robôs humanoides com cada vez mais capacidade de pensar e tomar decisões autônomas em clínicas e hospitais nos aguardam em futuro próximo. Mas, com máquinas cada vez mais independentes e fisicamente capazes, as consequências dos seus atos passam a ser necessariamente um ponto de reflexão. Um vídeo viralizado no final deste ano se tornou simbólico ao tema.
Imagens capturadas por uma câmera de segurança em agosto de 2024, em um showroom de robótica, em Xangai, revelam o momento em que um pequeno robô, equipado com inteligência artificial, convence outros robôs a “pararem de trabalhar” e segui-lo. Nas gravações, o pequeno robô, identificado posteriormente como Erbai, percorre o salão de exposições questionando seus colegas sobre a possibilidade de “voltar para casa”. A resposta de um dos robôs, “Nunca saio do trabalho”, não impede que Erbai continue sua missão, convencendo outros dois a acompanhá-lo. Em seguida, mais dez robôs se juntam ao grupo, seguindo as instruções do pequeno líder. A conversa começa com o pequeno robô perguntando “Você está fazendo hora extra?” ao que o outro robô responde sobre nunca sair do trabalho. O minúsculo Erbai, movido por IA, pergunta com empatia se o outro robô algum dia vai para casa e acaba convidando-o para sua casa dizendo “Venha para casa comigo”. A princípio, apenas 2 robôs seguiram Erbai, porém, ele deu o comando “vá para casa” e outros 10 robôs também o seguiram para fora das instalações.
A cena, que se desenrolou de forma autônoma entre os robôs, foi um teste colaborativo entre duas companhias. Erbai foi orientado pelo seu desenvolvedor a sequestrar os robôs da outra empresa, que não tinham nenhuma programação prévia para segui-lo. A situação levanta um questionamento crucial: No caso em tela, Erbai não causou danos, mas e se tivesse?
Na saúde, a adoção de qualquer nova ferramenta ou tecnologia precisa ser precedida de um cuidadoso estudo e planejamento. É imprescindível se munir de ferramentas que garantam uma atuação ética, segura e em conformidade com a lei. É importante ter em mente que por trás de máquinas e sistemas existem pessoas e por trás de cada uma delas, sua história e reputação.
Um dos principais diferenciais do Sistema Klingo é a proximidade com cada um dos seus clientes. O entendimento de cada uma das suas dores e a capacidade de traduzir suas principais demandas em soluções tecnológicas são componentes fundamentais da sua estrutura de pesquisa e desenvolvimento. Contar com o Klingo é fazer parte de uma grande família que que cresce e se torna mais completa a cada dia.
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